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terça-feira 19 março 2024
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HISTÓRIA

HISTÓRIA

No final do século XVIII, iniciou-se a fixação de colonos na zona do Cariri paraibano. Procedentes do próprio Estado e de Pernambuco, ali se estabeleciam com fazendas de criação de gado. São João do Cariri, a mais antiga localidade da zona, foi elevada a sede de Freguesia em 1750. Em 1762, as terras onde hoje está a Sede do Município de Sumé integravam uma fazenda, pertencente a Manuel Tavares Baía. A povoação foi fundada, em 1903, por Manuel Augusto de Araújo, na confluência do Rio Sucuru com o Riacho São Tomé, ficando conhecida com o nome do riacho. A Divisão Administrativa do Brasil de 1911, integrou ao Município de Alagoa do Monteiro o Distrito de São Tomé. A subordinação criou animosidade entre as duas povoações, só sanada em 1951, quando foi criado o Município de Sumé, compreendendo o Distrito de São Tomé e, posteriormente, parte do Distrito de Prata. A mesma Lei criou a Comarca de Sumé.

Formação Administrativa – Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, forma-se o município de Alagoa do Monteiro e o distrito São Tomé, Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31/12/1936 e 31/12/1937.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1.164, de 15/11/1938, o município de Alagoa do Monteiro passou a denominar-se simplesmente Monteiro. No quadro fixado para vigorar, no período de 1939-1943, o distrito São Tomé figura no município de Monteiro, ex – Alagoa do Monteiro.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 520, de 31/12/1943, o distrito de São Tomé passou a denominar-se Sumé. No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o distrito de Sumé, ex – São Tomé, figura no município de Monteiro, assim permanecendo em divisão territorial datada de 1/7/1950.

Elevado à categoria de município com a denominação de Sumé, pela Lei Estadual nº 513, de 08/11/1951, desmembrado de Monteiro, constituído do distrito sede, instalado em 01/04/1951.

Pela Lei Estadual nº 826, de 18/11/1952, é criado o distrito de Amparo, ex-povoado, e anexado ao município de Sumé. Em divisão territorial datada de 1/07/1955, o município é constituído de dois distritos: Sumé e Amparo, assim permanecendo em divisão territorial datada de 1/7/1960.

Pela Lei Estadual nº 126, de 11/12/1961, é criado o distrito de Pio X e anexado ao município de Sumé. Em divisão territorial datada de 31/12/1963, o município é constituído de três distritos: Sumé, Amparo e Pio X, assim permanecendo em divisão territorial datada de 17/1/1991.

Pela Lei Estadual nº 5.894, de 29/04/1994, desmembra do município de Sumé e o distrito de Amparo, elevando Amparo à categoria de município. Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído de dois distritos: Sumé e Pio X, assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

O vocábulo Sumé – Em língua indígena significa personagem misterioso que pratica o bem e ensina a cultivar a terra. No espírito religioso dos catequizadores identifica São Tomé.

ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

Censo Populacional 2022 – IBGE

População: 17.166 habitantes

Gentílico – Sumeense

Área: 833,315 km²

Densidade Demográfica: 20,6 hab/km²

Fonte: IBGE

 

GEOGRAFIA

O Município de Sumé tem uma área de 833,315 km², representando 1,53% da área do Estado, e está localizado na Microrregião dos Cariris Velhos, numa altitude média de 533 m, com a seguinte posição geográfica: 7° 40’ 13” latitude sul, 36° 52’ 58” longitude oeste. O fuso horário em relação à Greenwich é – 03:00h (menos três horas).

Tem como municípios limítrofes ao norte: São José dos Cordeiros e Itapetim (PE); ao sul: Camalaú e Monteiro; à leste: Serra Branca e Congo; à oeste: Ouro Velho, Prata e Monteiro.

CLIMA

Localizado na região do Alto Rio Paraíba, inserida no Polígono das Secas, a área possui um clima do tipo semiárido quente, com chuvas de verão. Esse clima caracteriza-se pela insuficiência de precipitações

VEGETAÇÃO

A vegetação é constituída pela caatinga xerofítica, comum do sertão nordestino, sendo representada por Bromeliáceas e Cactáceas, conhecidas popularmente como macambira, marmeleiro, umburana, catingueiro, xique-xique, facheiro, jurema, etc. As árvores de médio porte são encontradas ao longo dos riachos e rios, devido à maior umidade destes locais.

SOLOS

Na denominação nacional, atende pela abreviação 2b subdesértico quente de tendência tropical. Solo e subsolo de baixa permeabilidade.

Formação geológica: arqueozoico: complexo gnáissio, minigmático e granodiorito; rochas vulcânicas e plutônicas (idades diversas); granitos.

ASPECTOS MINERAIS E VEGETAIS

Existem, no município, reservas de apatita, ainda não exploradas e, argila, explorada por processos rudimentares, empregada largamente, na fabricação de tijolos e telha tipo canal, atendendo ao mercado de material de construção e oferecendo ocupação para mão de obra não qualificada.

A exploração da argila gera outro tipo de ocupação para tradicional “louceira”, com o fabrico manual de utensílios de barro para o uso doméstico: vasos decorativos e artesanato.

Há também, no município, elevada ocorrência de rochas graníticas, empregadas em pavimentação e ornamentação.

O município detém reservas que estão sendo consumidas paulatinamente, pelos fornos e caldeiras ou para fabricação de carvão por processos rudimentares. Mas existem ainda áreas preservadas, a exemplo da Fazenda Almas.

ORIGEM DE ALGUMAS COMUNIDADES RURAIS

PITOMBEIRA- O Sítio Pitombeira foi fundado no ano de 1978 e recebeu esse nome porque, antigamente, lá, só havia plantações de pitombas e florestas. Seu primeiro morador foi Reinaldo Brito da Silva.

ENGENHO VELHO- O Sítio Engenho Velho teve origem em 1890. Recebeu esse nome devido à existência de um engenho muito antigo, no referido local. Seus primeiros moradores foram Gerônimo Rodrigues da Costa e sua esposa Sercundina Maria de Farias. Juntos, eles tiveram 13 filhos. Eram donos de grandes rebanhos de ovinos, equinos, bovinos e avicultura.

RIACHÃO- A origem do Sítio Riachão vem de uma barragem que existia no Sítio. Quando a barragem transbordava tornava-se um grande riacho, daí surgiu o nome Riachão. O primeiro morador do Sítio foi Hugo Santa Cruz.

OLHO D’ÁGUA DO PADRE – O Sítio Olho D’Água do Padre recebeu esse nome porque teve uma época em que a seca era muito grande e os padres andavam a pé ou a cavalo. Um certo dia, um desses padres chegou em uma casa e pediu água. A dona da casa lhe respondeu que não tinha água. O padre, então, olhou para o chão e disse: “aqui vai dar água”. Ele começou a cavar o chão e, rapidamente, formou-se uma poça d’água. Os moradores aprofundaram mais o poço e, até hoje, essa fonte existe. Ela nunca seca, nem mesmo na seca. Teve como seus primeiros moradores: Manoel Valdino Velho, Francisco, João do gás, Miguel de Jesus e Raulino.

ASPECTOS CULTURAIS

Na história de Sumé – seja recente ou mais remota – é perceptível a forte presença da sua cultura, seja expressa em forma de artes plásticas ou cênicas, danças culinária, esporte e tudo mais que possa apresentar as manifestações artísticas, intelectuais e espirituais do povo sumeense.

Os sumeenses mais antigos recordam que o “palco” principal para as apresentações culturais era sempre a “Rua da Lama”, onde se instalaram os primeiros moradores da vila. Lá, se realizavam desde os bailes sociais, até os cocos de roda, pastoris e sambas.

Ainda quando vila (Vila de São Tomé dos Sucurus), várias foram as manifestações culturais que marcaram época, como o Pastoril de Olindina, cuja finalidade era comemorar os festejos natalinos, formado por senhoritas de finos tratos, belos rostos e vozes da sociedade local. Por vários anos o pastoril manteve a tradição das festas de natal. Havia também, nas festas da Padroeira, os saudosos cordões azuis e vermelhos ou “encarnados” – como se chamava na época- que era uma disputa divertida e salutar, tanto no pavilhão da festa, como nas festas de cavalhada ou argolinhas. Nessa linha do tempo, encontram-se também as obra feitas pelas mãos dos mestres Manoel Crispim e Miguel Guilherme. Temos ainda, como manifestação da nossa cultura, os já quase centenários: Sociedade Filarmônica São Tomé (de 1926), hoje, Filarmônica Municipal Maestro Antônio Josué de Lima e o São Tomé Esporte Clube (fundado em setembro de 1925).

Algumas das principais expressões da Cultura Sumeense:

ARTES PLÁSTICAS

Miguel Guilherme dos Santos – pintor, escultor e poeta. Era autodidata e representa o maior nome nas artes plásticas do Cariri. Entre suas obras destacam-se:

Luiz Gomes de Holanda e “Seu Bento” – escultores em madeira;

Zitart’s – Associação fundada em 2002, de iniciativa do professor, pintor, poeta e desenhista, Zito Júnior, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento artístico de crianças e jovens sumeenses com produção de peças teatrais, pinturas e desenhos. A Associação te fomentado também o intercâmbio entre pessoas com afinidades literárias das cidades de Sumé, Monteiro e Sertânia (PE), através do jornal “Cabeça de Rato”, que divulga a produção regional de poesias e crônicas.

ARTES CÊNICAS

Nos anos 40 a 50 do século passado, foi mantido um grupo teatral formado nas escolas públicas e particulares do Município, tendo como responsáveis a professora Stela de Araújo, Adalgisa Jacinto de Oliveira e o artista Miguel Guilherme dos Santos. Também contribuíram o maestro Antônio Josué de Lima, Sandoval Josué de Lima e Inácio Jacinto de Oliveira.

Gincana Cultural de 83: Descubra a Paraíba – Surge o Grupo Anchieta, com a proposta de fortalecer as atividades teatrais.

Nos anos 90 surge o Ciclo Teatro de Sumé, após uma oficina de iniciação teatral ministrada pelo professor, poeta e teatrólogo, Zito Júnior. Desde então, o Cicloteatro não parou, apesar das constantes mudanças no grupo, que agora também trabalham o teatro de mamulengos e pernas de pau.

ARTES RUPESTRES

Existe grande quantidade de sítios rupestres na região do Cariri Ocidental. Na qual, está inserido o município de Sumé. Infelizmente, são raros os estudos e publicações sobre o assunto. Em Sumé, estão catalogadas como pinturas, inscrições nos Sítios Balanço e Fazenda Pedra Comprida, e como gravuras, no Sítio Olho D’água do Padre.

DANÇAS

Pastoril de Olindina;

Côco de Roda – Tivemos vários grupos organizados por: João Preto, Pedro Firmino, Sinhozinho Viana, Antônio Casimiro, Diva, Joana Preta, entre outros;

Grupo Sala de Reboco – Por ele já passou vários jovens sumeenses e desde o seu início é comandado pelo professor Duda Medeiros;

Grupo de Capoeira Regional – Projeto cultural desenvolvido pelo Professor Massixte, no bairro do Alto Alegre.

MÚSICA

A mais tradicional expressão da música sumeense é a Filarmônica Maestro Antônio Josué de Lima (antiga Sociedade Filarmônica São Tomé), criada em 1926 e que ainda está em atividade.

Destaca-se também justa homenagem ao compositor Zé Marcolino que nos deixou clássicos do forró como: Sala de Reboco, Fazenda Cacimba Nova, Pássaro Carão, entre outras grandes composições interpretadas pelo cantor Luiz Gonzaga.

Também participam do cenário musical sumeense as bandas Forró Kent, Banda Imagem, Luiz Carlos (Lulinha), Hamilton (Sumé), Zé do Nordeste, Claúdio Leola (Mosquito), Reginaldo Silva, Vandinho e outras bandas de forró pé-de-serra.

POESIA

A poesia popular de Sumé tem como evidência dois grandes poetas: João Batista Bernardo (João Furiba) e Manoel Clementino Leite. Também destacam-se os poetas populares: Luizinho Batista, Vicente Bernardo, Manoel Cacheado, Evaldo Severino, Jurandir Tembório, Gato Velho, José Soares, Zé Pinheiro, Eugênio Macêdo e Zito Júnior.

COMIDAS

O sumeense não esquece os sabores da beira-seca de dona Sinhá Peba, O puxa-puxa de Pretinha Jacinto, a tapioca de Maria de Norberto, o doce de leite de dona Neném, as chupetas de Joaninha, os doces de fofa de umbu, o quebra-queixo na feira e a “panela mágica” do bar de Darcílio. Atualmente, destacam-se a galinha do bar do Pitaco e o picadinho do Mercado Público.

 ESPORTES

O representante mais significativo do esporte no município é o futebol, com o time São Tomé Esporte Clube, fundado em 1925.

O Município conta também com praticantes de outras modalidades esportivas como: futsal, voleibol de quadra e de areia, xadrez, tênis de mesa e vaquejada.